SARA
Ela ri e diz está a me encabular,
é errado me deixar assim encabulada
quando estou doente;
a chuva que me apanhou na sexta-feira
deixou-me o corpo todo febril,
amanhã será difícil acordar cedo,
ir para o trabalho e só retornar a casa
quando o sol estiver posto.
Depois espirra, assoa o nariz
e fica toda sem jeito
por se mostrar tão vulnerável.
Tenho vontade de beijá-la, mas nada falo
e apenas a olho demoradamente;
vejo a sua face muito vermelha
e os olhos azuis que encontram os meus
e depois, tímidos,
fixam um ponto no infinito
até me olharem de soslaio
e um novo riso surgir na face febril.
Faça as garotas rir, disseram-me uma vez.
Não é um conselho frívolo este.
Novembro de 2002
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Que maravilha, Daniel! Lembro-me bem dos poemas das garotas - é mais que óbvio. Será que vai passar aqui essa colecção única? Pergunto-me é se o meu silêncio merece ler de novo esses poemas.
ResponderExcluirPois é, Manuel. Como a inspiração anda pouca, resolvi deixar aqui alguns poemas sobre garotas. É divertido reler sobre miúdas tão bonitas. E como vai a vida?
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