À César o que é seu, e à menina
o que lhe é cativo: luz gentil
e murmúrios – uma ode pueril
para que lhe seja alheia toda a sina;
fado que ainda em céus de cartolina
se desenha: cruel, inverossímil
pois desgarrado do céu mais anil:
as paixões e as horas são assassinas.
Mas o fado de um, é o fado do outro
e também à César é essencial
tênues cantigas, e em cálice de ouro
beber o néctar da luz outonal,
ir ao léu, e a companhia de um tolo
é a que mais se lhe afigura ideal.
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