Existirá a cidade
até que a última casa
soçobre como se ao mar
fosse lançada a planície.
Ante a mudança, o espanto
e o espanto ainda maior
pelo que é permanência –
paredes que o bolor não
esboroou, coração
não cindido pela mágoa.
Ao poente e ao luar
a mente cansada voa
e os olhos, esmaecidos,
são ainda peixes rápidos
em águas que a claridade
é a afogada raiz
que ainda lampeja – clarões
da memória intocada
pois talvez envelhecer
seja aqui continuar.
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Daniel: será que posso colocar este ou outro poema teu ou na liusta, ou no meu blogue,ou...na companhia do poeta? Gostava de te ver de regresso à lista, como sabes.
ResponderExcluirAmélia
ResponderExcluirMais uma vez agradeço o comentário e mais uma vez autorizo a publicação do poema em seu blog.
E quem está na lista mesmo? O meu maior problema é realmente a escassez de tempo, o que me impediria de ter uma participação mais ativa nas discussões, e não sei se isso seria justo com o grupo. Abraços, Daniel