Em março, esta mudança:
maduram os milharais.
Longe do mar, a planície
ondula ao sabor do vento
e vagas se formam; vagas
que amarelas se dissolvem
no brando calor da tarde.
Em março, este tumulto:
outono que se inicia
ardendo nas quaresmeiras;
calor que se esvazia
neste ardor que chicoteia.
Em março, uma menina
sente frio ao acordar
para depois, tarde plena,
na praça leve de cores
querer na pele a carícia
que parecia perdida.
Em março, uma menina
vai ao luar - lancinante
e celeste cicatriz,;
vontade aberta e ferida
dos dias de breve luz.
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