quarta-feira, 4 de novembro de 2009

por onde anda mildred?

PRIMEIRO POEMA PARA O SORRISO DE MILDRED

Como dizer que amo
o sol que arde atrás do seu rosto?
Não a conheço. Nada sei
sobre a sua tristeza,
sobre o seu coração magoado,
sobre os mortos que enterrou
e os corpos que não pode mais amar.
Olho-a e sei apenas de mim:
amei e fui amado
por mulheres imensamente tristes;
eu as abracei e o que ofereci
foi a minha fraqueza.
Agora sei que sou apenas um homem
e se a vejo, sei que é apenas uma mulher
mas também sei do sol,
do seu modo de rir, da sua juventude,
das flores que gosta de colher
e que para o seu coração tão indefeso
amar um corpo ou amar uma alma
traz a mesma alegria.
Por isso a quero,
porque o seu rosto é o sol,
porque a sua alma é um véu de luz,
porque o seu corpo é uma orquídea que se abre
e depois adormece ao relento.

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