Ninguém conhece que alma tem,
mas a alma aparece e dói
como algo que desperta e cai
em sua álgida nudez.
Os céus opacos então ferem
por serem opacos, e as noites
então vazias escavam
abismos por serem vazias.
Há dias de brumas e mágoas
e todas as mágoas se emanam
da dor deixada aos nevoeiros
ainda antes dos nevoeiros.
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Há muito não vinha ler seus poemas, e vejo que você mudou bastante a linguagem e as imagens.
ResponderExcluirEste poema é todo Pessoa, sem deixar de ser inteiramente seu.
Um abraço.