Tantas vezes olhei Debóra:
o cansaço, em seus olhos,
surgia-me como a terra
em dura estação, cujo espólio
bate a agonia de raízes.
Pois Débora, ao final
do dia ainda lancina -
o corpo, eco animal,
pede o luar que cintila
e que as muitas matizes
do que é moreno o dourado
alcancem: fulgor vermelho
da aurora, coroado
e bruto lume, espelho
de olhos feito chafarizes.
Trabalho poético é trabalho de desassossego...«Lutar com palavras/é a luta mais vã/entanto lutamos/ mal nasce a manhã...»- Drummond sabia do que falava.
ResponderExcluirAbraço, Daniel
Seu estilo é agradável. // Mudei de endereço: www.anarcofagia.com/sss
ResponderExcluirE talvez ache interessante isto aqui: www.anarcofagia.com/
Abraço!
De mais ! Agradou bastante
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