quinta-feira, 7 de abril de 2011

Cansaço

Cansa-se a beleza de ser
o primeiro espanto do sangue.


Foi Raquel, com os seus olhos claros,
a mais clara hora incandescente


enquanto a tarde e a espera foram
maçãs a sangrar sobre as raízes.


Cansam-se os incêndios. Cansa-se
a terra de queimar e queimar.


Morta a mulher candente, outras
fêmeas vieram – sujas e brancas


como o luar em noite de agosto
como aves que migram para o outono.


Cansa-se a mente, mas não se cansa
o sangue e a sua voz sonâmbula.


Renata, com os seus seios arfantes,
encanta a agonia dos sentidos.


Cansa-se a mente, mas não se cansa
o sangue e a sua voz sonâmbula.

Renata, com os seus seios arfantes,
encanta a agonia dos sentidos.

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