quarta-feira, 13 de julho de 2011

Insônia

Deixa o frio de ser branco
quando venta e é noite:
rumor de samambaias.


Mais longe, o luar
e o seu véu cristalino
no céu adormecido.


Sou um homem doente
e tenho olhos que doem:
tudo perde a irmandade.


Um corpo não é rio.
A morte não é mar.
Na aurora, um insone


não distingue a penumbra
das mãos a clarear.
Aurora naufragada


e seus bichos sonâmbulos:
meu sangue que goteja
até que haja manhã.

Nenhum comentário:

Postar um comentário