quarta-feira, 13 de maio de 2009

Poema

IDENTIDADE

Lua alta e céu estrelado;
após o frio recebo o calor
como se voltasse de um país estrangeiro.
Deitado na rede após o jantar
ouço os ventos sobre as samambaias
e as vozes que ao longe ecoam
falam a língua que adoro ouvir.
O fundo do quintal sempre foi o mirante
de onde eu podia ver toda a cidade.
Aqui, malgrado meus abismos e raivas,
não sou estrangeiro
e até o luzir dos vagalumes
tem um cheiro de terra queimada:
noites que não existem
em nenhum outro lugar do mundo.

2 comentários:

  1. Continuo a gostar do que escreves, Daniel.Beijo

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  2. esse poema é um pouco antigo, amélia, recorri a ele por passar por um período de menor inspiração. de todo modo, é sempre bom tê-la por aqui. beijos, Daniel

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